domingo, 22 de abril de 2012

A me coisar.

E me terei outra vez
Outra de tantas, por algumas mais
Desencontrada eu comigo mesma
Frio como palco principal
Na esperança de agarrar o vento pra esquentar o bolso.
Noite que não pára, para de mim aproveitar-se
Dó do café, por tantas usurpado tomado dilacerado feito e desfeito
Corpo quente.
Só não me arranque a cabeça, dela me faço fumaça, poeira
Devaneios, quase-ilusões-de-sonhos-mal-sonhados
Embreagada com cheiro de madrugada, e se, uma falta
No não esperamento do algo, de.
Se me faço se, qualquer coisa posso ser
Quem sabe fantasma, voando entre cabeças
Por vezes estrela, alumiar o breu de alguéns.
Especial há, fora do meu eixo talvez
Pensar. Só a colocar o lixo na rua
Passar o tempo como passar a roupa
O vai-quase-parando pra nenhum lugar
Que é o melhor lugar.
No perto quase
Da coisa, das muitas mais pra encher o nada
de um talvez azul

No indo, mas quase não vindo...


3 comentários:

  1. Você tem o mesmo "toque" que Matheus dá aos textos dele. Leio os dele e lembro de você, leio os seus e me lembra os textos dele. Sintonia? rs

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