segunda-feira, 16 de julho de 2012

Feito moço.

Sambinha de alma e não de boca.
Na boca só o mel que escorre dos lábios teus, que cura minha doença,
aquela que deixa minh'alma amolecida...
Um negocio feito um tal de carinho, daqueles bem grandes que aperta o pulmão e arranca o ar!
De revigorar e trazer vida.
Sem explicação seu moço. Só sei dizer que afaga tão bem quanto o barulho da agulha no vinil,
esquenta em dia de frio, e também de sol, e mau não se faz...
E precisa dar nome? que nada !
Um sobe e desce de maõs agoniadas e ansiosas pelo toque, pelo aperto que fala mais do que o silêncio
dos pássaros quando abrem a manhã..
é como se jogar pra cima das núvens, saltando do verde e mergulhando na fumaça que exala do teu cheiro,
mais gostoso e quente do que o proprio sol que me alimenta as flores nascidas no canto esquerdo
do meu peito...
Chorar o choro da água que cai do olho.
Do olho lavar a água que me mata a sede, colorindo o fim de tarde.
Abobocada mais que abóbora, entrelaçada além do laço que me liberta a você,
e para além de tantas e tantas coisas que te tenho e me doou...
Um estrela cadente caiu dos meus olhos e pulou no seu coração !

Baú.

Palavras invadem a mente através de buraquinhos na sua cabeça.
E lá dentro elas fazem revolução, ou re-evolução..
Empurradas pra dentro dum baú, ou externalizada através de lágrimas,
Decida pois, que destino dará a elas.
Por vezes elas mesmas escolhem qual caminho seguir, optando pelo não esquecimento na caixa velha de madeira...
E sim pela emoção de enxergar o mundo através de olhos que chovem.

Um Seco.

No amarelo seco de uma noite solitária
Há 5 mil horas de estrelas foi quando acariciei tua barba
recém neascida...
Laços e lençóis que se entrelaçam e nos compõem,
criam músicas que nos cantam por cantos que só nós passamos
e dirvirginamos.
Me entupa de calor, se faz vital seus poros em minha pele, o gosto do teu cheiro que me derrete
a boca, ah ...
O tempo é nada mais que um detalhe sem importância !
É preciso ouvir o silêncio das palavras, enxergar com os olhos fechados e coração aberto,
entregue às inconstâncias e risos espontâneos
Nossas amigas aliadas, guerreiras, portas e paredes sorriem de sorriso preso, talvez honradas
por guardarem tão profundamente segredos e confissões, caricias...
Despida de pressa. Vestida com azul, ou será verde?
Nua. À sua espera.
A roupa que me veste é o sorriso dos teus lábios.