sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Saliva.

Pura pretensão. Tentativas. Vontade.
Queres mais ?
Não necessito. É viscoso teu fluído.
Assopre, desinfete. Nada, não foi nada.
Um só sentido, a tolice vista de um ângulo obtuso.
Fotografe a minha alma madrugada adentro, transplante e teletransporte. Não há lugar mais vago aqui.
Inquilino indesejável.

Grito e ouço tua voz, seu estúpido.
Corro e te vejo atrás de mim.
Me atiro ao mar e me puxas de volta
O que queres meu caro? Estás perdido? Me perdeu? Nos perdeu?
Morra, não volte nunca mais. Esse semblante já odiado é pouco.
É o minimo, é o nada escondido atras do tudo. Usurpando, sugando a saliva seca da boca já partida, abandonada por lábios vermelhos de sangue fervendo, fervido pelo calor alheio
Roubado pela adrenalina de um coração pulsante, fugaz, temeroso, covarde.
Continue, rápido, rápido, mais rápido, desse jeito..ah! ah!
Explodiu. Se foi.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Agora. Existência.Sua.

De imediato, escolha a sua existencia dentro de mim, já que não posso fazer nada com ela.
Droga, uma droga. No lado bom do prazer, você é isso, mesmo ainda não tendo experimentado o calor e a adrenalina pulsando, explodindo o coração.
Tão fácil, mas por que não consigo? é o medo, medo de não merecer de sua atenção. E aí? E ai sei lá.
Tola, fraca, deixe passar então. Sem querer querendo, vem a  idéia de destino, pensar que essa teoria seja verdadeira é até crueldade, será que ele faz tudo sozinho?, cabe a nós somente sentar e esperar ou perceber algum tipo de sinal divino e agir?

Plural

E voltamos ao topo. Não nós, mas o eu sozinho.
Tentando afugentar pensamentos tolos, quase impossivel se pensando no quadro de recentes fracassos. Saiu do controle, pura mágica, o único lado do tudo que consigo ver agora.
Você, segure ai minha mão, pelo menos por alguns instantes, só pra que eu possa perceber que ainda resta um tanto de alguma coisa no mundo...
Respirando fundo, abandonando as prováveis respostas, não me valem de nada, são as perguntas que movem tudo, que chacolham com a minha cabeça, vira tudo do avesso.
Mudar. Vida, rumo, desejos.
Com os olhos da persistência e teimosia, tolice até, mas do que adianta? não ganho nada com isso, aliás sim, incertezas, elas sempre aqui. Por mais que eu tente fazer um draminha, reconheço que ainda pode piorar, o tempo se mostra, esfrega no meu rosto como fazer tudo diferente(mesmo sabendo que os erros tendem a se repetir), paciência minha cara, paciência.
Vai e volta, palavras são lançadas, energias são doadas, registros que permanecem, claro, alguns são perdidos por cantos nem mais lembrados, mas não importa, um dia eles existiram.
Mas me diz, de que vale saber tudo isso? A minha extrema sensibilidade acaba sendo meu muro de berlim, agora sim, necessito de resposta, mas qual é mesmo a pergunta?
Vamos com calma (por que a mania de colocar tudo no plural?), por mais que exista alguma beleza nisso tudo, não dá pra viver de luz, de ilusões, a vaidade é perversa, toma juizo, fique atento.
Pois, cansei de esperar, é o fardo que me deram de bom grado pra carregar, o que cabe a mim fazer com ele? Tentar sorrir e parar de reclamar.