quarta-feira, 23 de maio de 2012

De terra, dança

Tamanha sufoação por ausência de palavras. Desespero.
Feita sou talvez, de pedaços soltos de poesias, poesias que minh'alma reconhece e arremessa no vasto mundo em movimentos cheios de amor e profundidade...
O corpo escuta os gritos que os ventos capturam por ai. Bocas que cospem seus desejos no rosto do mundo, na carne alheia em busca de alguma intensidade. Pois assim me faço, caçadora de emoções.
De todo calor, de todo ardor, por todo amor que me escorre no suor ! me deixo calo nos pés, braços flutuantes e coração preso na lua... olhos que se fecham para ver luz e beleza na escuridão...
Criando raizes por chãos que dançam em mim...meu tempo é a música cantada pelos pássaros, pelo silêncio do toque, sabores que me levam além, além de mim...


 

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ora, oras...

E deu vontade de ser retratista.
Retratadora de árvore, de gente, de carro, de coisa de rua.
Registradora de senseções humanas que consomem o dia-a-dia.
"Ei, olhe por onde anda", "seu filho da puta, presta atenção!", "não amor, saí do mercado..."
Fotografadora daquilo que se pega no ar, dos sacos cheios equilibrados em cabeças fumaçantes,
Imaginadora de pensamentos revelados no suor, em cores e sabores das faces cheias de caretas
Vrum !
Passatempo, doce ou amargo, amargando com o passar de horas de incessantes enraivações,
Olha pra cima, tens o sol,
Cheira a beleza de nuvens, elas passam... passam como as horas que por um causo, não haveríam de
passar...

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Preto só

Dúvida.
Reflexões vazias de tempo incerto..
Achações de coisas sem sentido, assim, quase.
Sentido que se faz presente na ausência
Percepções dos arrepios, de calafrios
antes não provados...
Infelizes inevitações,
de tempo que talvez tivesse sido,
de tempo que talvez seria, só,
indesejado.
Dúvida do porque de tantas,
Do embaraçamento inútil
Da des-saudade
Do desejo sentido-que-quase...

domingo, 6 de maio de 2012

A mim, insatisfeito.

Privações, insatisfações que consomem a natureza de um ser que teme em admitir que está imerso em medos e frieza alheia...
Demonstrações escondidas e privadas de um carinho que existe no profundo e imaginativo mundo, universo de um só.
Infinitos questionamentos acerca da essência humana, de boboquices, de maldades que prendem, que limitam e fim, sem saber de onde e porque vieram...e principalmente, até onde chegarão.

sábado, 5 de maio de 2012

De lua..

Seria legal ouvir a música enquanto faz a leitura... http://www.youtube.com/watch?v=QXwPUYU8rTI



Acordando com o chamado da Lua.
A brisa da manhã criou uma nuvem de sensações futuras, despertadas por saber que a Lua me queria naquela noite. O sol intimidou-se, sem saber se era desejado ou não no dia em que todos festejavam a noite, mas, com tudo isso mostrou sua beleza, de leve...

E o dia se fez assim, na espera, numa talvez expectativa de desfrutar de coisas inesperadas, embora imaginadas. No ar, pairando sobre nossas cabeças confusas, a necessidade de dividir os pensamentos de futuro, angústias e aflições de momentos passados e presentes, coisas que só o brilho vindo do céu enluarado é capaz de trazer.

Pois bem... foram apenas falhas expectativas. Tarefa pertencente a nossa imaginação e desejos mais profundos, culpamos a Lua e a usamos como desculpa, tentativa de aproximação, entedimento e possivel proteção em relação a nós mesmos...a busca por afago, por toque alheios, toques de alma, de coração...


O pensa.

Um lé com cré
Vai e volta de um bocado de coisa
que sacode a mente.
Pensa aqui e já está longe
Pulando por cima do outro
Um mar de cabeça já afogada
que chega a sentir mal
de tão bom...
Estes tais pensamentos gritam
chovem no seco e molham a boca
com desejo de quero mais.
Poder pintar o céu de arco-íris fosco
único por si só...
Sobe de cadeira e desce de mesa
Andado pela terra, dormido no copo vazio
quase cheio por amassos de papéis
cheiro de planta e ensopado de letras
cor de carvão...
A paz não me deixam
Torno-me madeira de mala-sem-alsa
escorregadia, puxada pelo chão
com um cordão de amarrar pássaro.
Destino tem não, só cuidado de ir
e lembrar o caminho de volta
De volta para onde eles sempre quiseram
me levar...