sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Quinta-feira.

Percebi a pequenitude observando a imensidão que cabe no movimento do olhar,
é cheio.
É existir, é estar, pela simples razão de por assim ter de ser.
Enfiar o braço pela cadeira pra aquecer a companhia,
sem precisar embora, querendo o toque.
O composto.
Com, eu e mais. Posto que estando ali, completa.
Parede, chão, mão. Composto do eu mais objeto.
Suavidade entregue pela expectativa do não esperado.
Deixar que, e basta.


Escritas no escuro, falta luz.
Ouvir a própria voz, deixe-me cantar.
Ninando meu sono, calmo, calmo, claro
feito do resto de xícara de chá.
Dormir não é deitar.
Dormir é segurar a noite no colo,
e não deixar ela cair.


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Girassol Gira Sol.

O dia nascerá não mais por obrigação.
Pelo prazer de sorrir e levantar as manhãs
Assim é que tem de ser, virtuoso e leve
Leve como as folhas que se carregadas são
pela correnteza.
Do rio navegante de mim
Nascente do liquido escorrente
do coração suado.
Conversar com árvores e
beijar beija-flores
Que se permitem, insistem
pela maciez dos lábios
desconstruídos pela riqueza
do dom de metamorfosear..
Borboletar as pedras do caminho
Deixar que batam sua asas
tecidas por cordas de apego e liberdade
Enquanto dedos deslizam
em face recém desdolorida
Contar e Correr.
Que nem caracol.