terça-feira, 27 de março de 2012

Cartas de Dulcinéia.

Vermelho e azul, mundo, profundo, ângulo obtuso, oriundo do fundo do amor que hoje me é dado. Mas nem sei do que estou falando, e nem é pra saber, só sei o que o meu silêncio diz, o que meus olhos sussurram e o que a minha boca cospe.
Sai dos ouvidos, do nariz, cada pedaço de pele desse corpo embobocado transpira uma coisa que causa um ardor gostoso, a tal da euforia, um siricotico prazeroso que só. E não tem jeito, não inventaram uma palavra pra dizer com a boca o que acontece, e na verdade, que tal coisa não se faça...
Então por que me escrevo em linhas tortas? Mas vixe, nem sei...
Visceral, vital, o céu de lindezas, é tudo isso e mais um tanto.
Saudade que bate e desconcerta, faz o bololô embololar-se ainda mais, pensamento não obedece. Sabor do beijo derramando saliva, e o cheiro...ah, o cheiro! Esse impregnou em tudo quanto é canto.
E o que mais se tem a querer? Só o tempo. Tempo contado em horas de estrelas, palpável como o céu azul, anunciado pelo canto dos pássaros e banhado em café...
Agradecimentos eternos ao austronauta cantador de samba.

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