quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O muito.

Na sacada, enquanto o vento sopra e impregna a cortina com a fumaça do cigarro.
Dia nublado, anoitecendo, e eu lá de cima, num desses hotéis londrinos baratos, e por mais estranho que fosse, não estava perdida nos meus pensamentos tristes, desesperados. Leve, relaxada. Um pub bem pertinho, com alguns jovens bebendo em frente.
A noite anterior tinha sido a melhor de todas, Warpaint como trilha sonora, o vento sacudindo a cortina florida muito antiga, capuccino sobre a mesa e nós na cama, curtindo, olhando pro céu, apesar de todos aqueles prédios, se o mundo acabasse morreria feliz...
Quando acordei você não estava lá, apenas o bilhete dentro de uma carteira com um cigarro apenas, que dizia:" Te pertenci, mas a brisa me levou, quem sabe numa dessas curvas nos encontraremos outra vez...acho que te amo." O que mais caberia a mim?
Por a calça, colocar as botas, tomar um chá com leite, pegar as malas e sair por ai, em busca de uma brisa que faça curva em qualquer outra esquina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário